quinta-feira, 8 de março de 2012

Amanhecer do Inicio


Por entre os primeiros raios de sol que penetram a imensa floresta ouvem-se os pássaros a chilrear e a leve brisa da primavera ao correr pelo ar. Acordo lentamente com o meu irmão a treinar contra uma árvore com as suas belas katanas herdadas pelo nosso falecido pai, um samurai de corpo e alma, que passou também o seu conhecimento ao meu irmão. Cada vez que o conseguia ver em acção lembrava-me do nosso pai, as diferenças eram mínimas
.
- Então, ainda a dormir? - Disse-me ele com um pouco de provocação na cara.

Sorri para ele e levantei-me sem lhe responder de volta, apesar de as vezes não parecer o Livius sempre foi uma pessoa decente apesar de mostrar um pouco de loucura, mesmo assim sempre ignorei esse facto, não era algo que me preocupasse.

- Vou caçar Lance, volto logo. - Guardou as suas katanas na sua cintura e desapareceu pela floresta.
- Est... - Não tive tempo de acabar a minha frase, olhei para o céu, apesar de as árvores tamparem o panorama, ainda se conseguia apreciar aquela bela paisagem.

Decidi ir dar uma volta, talvez ir em busca de algo, sempre gostei de ser útil, já que o meu irmão fazia quase tudo desde aquele trágico dia, as memórias de tal ainda persistem na minha cabeça mas estavam desfocadas e confusas, o que me deixava algo frustrado, como é que aquilo foi acontecer? De momento não queria pensar em tal e continuei floresta fora a procura de algo útil.

Nota: Como avisei anteriormente a historia poderá começar a ficar confusa devido a eu estar a meter excertos de acções anteriores assim com futuras.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Ausencia e Actualizações.

Antes demais, desculpem a minha grande ausência e múltiplas edições do mesmo post.

Devido a escola ocupar o meu tempo, não consegui continuar a meter enxertos da minha historia, tenho feito algumas partes e irei postar aqui.

Aviso também que não irei postar a historia de forma linear, poderam ler posts recentes com acções que aconteceram antes de posts antigos.

Fiquem atentos a novas pastagens. ;D

P.S.: As traduções para Inglês ainda vão ter de esperar.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Estranhos Encontros

Antes de começarem a ler convem avisar que mudei o nome dos personagens todos
Tudo começou num lugar semelhante a uma cidade cujo nome não me recordo. Estava uma noite de lua cheia, eu encontrava-me com o Makoto e o Devin, dois amigos muito chegados, em cima de um prédio.
- Olha, algo se passa ali ao fundo, um grupo de pessoas, que fazem elas? – Disse, apontado para a multidão.
- Parecem pessoas mal intencionadas, devíamos ter cuidado. – Disse Makoto preocupado.
- Achas? – Perguntei – Mesmo assim a minha curiosidade está a chamar por mim.
- Então para quê a espera? Só há uma forma de descobrirmos. - Disse Devin pretensioso.
Saltamos então em direcção ao chão, aproximando-nos da multidão, perguntei então a um indivíduo:
- Olá, então o que se passa?
- Uma luta entre gangs, não tenho bem a certeza como isto aconteceu, o meu único receio é que a polícia apareça. – Disse o rapaz meio preocupado.
- Ai sim? – Questiona-se Devin – Parecem estar a divertir-se.
- Espera, polícia?! – Pergunta Makoto alarmado.
- Tem calma, mesmo que venha não temos nada a temer, em último caso fugimos para longe. – Disse confortando o Makoto.
Também eu tinha as minhas dúvidas, e estas estavam certas, enganara-me a meu respeito, minutos depois ouvira-se uns carros a aproximar. Um dos carros parou, a porta abriu-se e saiu de lá uma mulher com um casaco negro comprido, tirou uma pistola do bolso, e de longe disparou na nossa direcção.
- Mas que… - Senti-me a ser empurrado por alguém.
- Cuidad…
Cai bruscamente no chão, recompus-me depressa e ao levantar-me deparei-me com o pior, o Makoto no chão já sem vida, protegera-me da morte certa em troca da sua vida.
- Makoto! – Gritei frustrado – Mas qual é o problema dela?
- Lance anda, não podemos ficar aqui temos de fugir antes que o pior aconteça! – Disse Devin para mim enquanto me agarrava no braço.
- Ok… – Respondi ainda frustrado.
Corremos para longe com toda a força que tínhamos, percorremos quase a cidade inteira, até estarmos certos que já não nos seguiam. Parámos num beco solitário sem ninguém a vista, silencioso e sinistro. Eu não conseguia esconder a minha frustração e culpa pela morte do Makoto.
- Eu ainda não consigo acreditar que aquela mulher matou o Makoto! – Disse ainda frustrado – Sacrificou-se para me salvar, sinto-me péssimo…
- Ele era teu amigo e tu sabes disso, apenas fez o que tu também terias feito, salvou-te a vida mesmo tendo perdido a sua, devias estar grato – Consolou-me Devin.
- Tens razão, só não percebo uma coisa, porque é que aquela mulher disparou sem hesitar na minha direcção. – Perguntei-me a mim mesmo e ao Devin.
- Não sei ao certo.
- Tenho de descobrir! – Exclamei – Tenho de ir atrás dela.
- Tem cuidado, não queres acabar como o Mak…
Devin tinha sido alvejado por detrás, caindo no chão sem vida. À minha frente estava aquela mulher misteriosa, continuava com a sua arma apontada na minha direcção.
- Estavas à minha procura? – Responde-me ela ao mesmo tempo que dispara na minha direcção.
- Tu! – Respondo desviando-me por pouco do seu disparo – Quem és tu? E porque me persegues?
- Chamo-me Mery, mas isso não te vai ser útil pois vais ter o mesmo destino que os teus amigos – Diz com um sorriso sádico.
- Raios!
Virei costas e corri o mais rápido que conseguia.
- Podes fugir, mas não te podes esconder. – Disse Mery.
Corri e corri, sem parar, e ela acompanhava-me ao mesmo tempo que disparava na minha direcção, falhando cada disparo. Passadas umas horas perdi-a de vista, já estava cansado e precisava de uma boa noite de sono. Encostei-me a uma parede e respirei fundo, nesse preciso momento uma luz estranha aparece ao fundo a rua.
- O que será aquela luz ali ao fundo? – Perguntei-me
Era um carro da polícia, fiquei aliviado pois eles podiam-me ajudar a impedir a Mery de me tentar matar. Fui em direcção do carro, mas qual foi a minha surpresa quando vi a cabeça da Mery a sair da janela do carro com uma arma apontada a mim. Afinal ela pertencia à polícia, mas porque me perseguia? O que foi que eu fiz? Parado não ia obter as respostas às minhas perguntas, apenas morte certa.
- Desta vez não te escapas! – Riu-se para mim.
Aquela expressão, aquele forma de rir, já a tinha visto em algum lado, mas onde?
- Faz o teu melhor – Disse mandando um olhar desafiador a Mery ao mesmo tempo que fugia dela.
Comecei a fugir, claro que já esperava que ela retaliasse, mas claro falhara cada tiro, para uma polícia a sua pontaria não era muito boa.
- Assim não consigo, esta cidade está cheia de curvas, é difícil acertar-lhe – Desculpava-se pela sua péssima pontaria.
Reparei então que ela estava a abrandar, continuei em frente já cansado e quase sem forças, reparei numa mota que se encontrava a minha frente. Usando um truque que o Devin me ensinou pus a mota a trabalhar.
- Está a fazer como esperava, muito previsível, ao sair da cidade irá dar-nos uma vantagem. – Disse Mery para o condutor.
- Bem tudo a funcionar, vamos lá!
Arranquei então a alta velocidade para fora da cidade, há muito tempo que não pegava numa mota, felizmente ainda não tinha perdido o jeito. Dirigia-me para a ponte da cidade.
Uns minutos depois, chegara a ponte, e disse aliviado.
- Perdi-a de vista finalmente.
Nesse preciso momento ouvi vários carros a vir na minha direcção, olhei para trás e reparei que eram carros da polícia. Deitara os foguetes antes da festa.
Uma das janelas de um dos carros abre-se e saia uma pessoa com uma espingarda apontada a mim, quem mais podia ser senão a Mery.
- Então, pensava que seria assim tão fácil escapar? - Disparando um tiro quase certeiro na mota – Estavas enganado.
Perdi o controlo da mota por momentos mas recompus-me.
- Wow! – Gritei de alívio
- Não te vais safar! – Gritou, continuando-a disparar contra a mota.
A adrenalina começa a entrar no meu sistema, fazendo-me evitar cada disparo. Um dos disparos acertou em cheio na bagageira da mota, fazendo com que esta fosse contra o carro onde estava a Mery fazendo-o despistar-se.
- Que sorte! – Pensei.
O acidente deu-me a oportunidade perfeita para os perder de vista. O ambiente acalmara, mas não por muito tempo.
Um Helicóptero aproximara-se na minha direcção, isto não podia ser bom sinal isso tinha a certeza, conforme olho para cima vejo a Mery, desta vez equipada com um lança-rockets, mas isso não era tudo pois atrás de mim vinham mais carros da polícia, tinha chamado reforços.
- Continuas a pensar que te vais safar? Hahahaha – Ria-se Mery descontroladamente.
- Ela é maluca! – Disse para mim mesmo.
Nesse preciso momento ela dispara um rocket na direcção da minha mota, acertando nela e destruindo a ponte, levando os carros da polícia com ela, impulsionando-me em frente a alta velocidade. Rebolei durante uns segundos.
Ali estava eu estendido no chão a tentar levantar-me mas em vão, vejo o helicóptero a descer na minha direcção, reparei que o condutor já tinha sido assassinado pela Mery, esta saiu e aproximou-se de mim, lentamente apontando-me uma arma ao mesmo tempo que se ria.
- Perdeste – Disse ela.
Aproveitei o facto de ela se ter aproximado e com o resto das minhas forças, mandei-lhe uma rasteira que a fez cair no chão, deixando cair a arma. Ela ficou surpreendida.
Consegui então levantar-me com dificuldade, saltei para cima dela e apontei a sua arma contra ela.
- Então? De que estás a espera? Acaba comigo! – Gritou-me ao mesmo tempo que se ria.
- Porque me persegues? – Perguntei.
Não me respondeu, ficou calada, levantei-me então e fui-me embora. Decidi não a matar, não queria transformar-me num monstro como ela, mas esta decisão tinha sido errada, pois segundos depois sinto algo a penetrar-me o abdómen.
- Mas que…
Olhei em frente e vi a ponta de uma espada, lembrei-me então que já tinha visto aquela espada em algum lado, mas a memória continuava a falhar-me.
- Podias ter acabado comigo enquanto tiveste oportunidade para tal. – Disse-me.
Foi então que uma fúria dentro de mim acordou, virei-me para ela e dei-lhe um soco com força, fazendo com que ela fosse parar ao chão.
- Porquê?! – Perguntei-lhe furiosamente.
Arranquei em sofrimento a espada do meu corpo, e logo de seguida espetei-a no abdómen da Mery.
- Hehahahaha… - Riu-se Mery.
O seu corpo ficou imóvel, estava morta. Eu, meio fraco e a sangrar da ferida da espada, continuei então até ao fim da ponte. Já no fim comecei a perder o balanço e a ver o mundo à minha volta a preto e branco.
Já não aguentava mais, caí no chão e olhei para o horizonte, e lá no fundo vi uma espécie de anjo, os meus olhos fecharam-se lentamente…